📬 008 UX News – IA & Realidade aumentada: novas experiências de consumo

Dos jogos aos filtros do Instagram, da automatização do trabalho aos provadores virtuais: as experiências com Inteligência Artificial (IA) e Realidade Aumentada (RA) são cada vez mais imersivas e encantadoras, se estabelecendo no cotidiano – do trabalho ao lazer – e criando novos comportamentos, públicos e formas de consumo.

A seguir, apresentamos alguns cases recentes e inspiradores, que usam de forma incrível IA e RA como plataforma de interação de consumidores com marcas, produtos e serviços.

Do tênis virtual da Gucci ao Try-on da Google

Em 2021, a Gucci, inspirada pelo engajamento de compras de skins em jogos, desenvolveu tênis virtuais e vestíveis: a coleção Gucci Virtual 25. Visando engajar a geração Z e se posicionar como marca inovadora, a grife respondia assim a uma demanda de experiências compartilhadas, proximidade dos usuários com a marca e customização.

Além do sucesso dos tênis virtuais, as conversões vindas da ferramenta para o e-commerce aumentaram em 25% no período do lançamento.

Em 2023, a Google disponibiliza um novo recurso do Google Shopping voltada ao nicho de moda no ambiente digital, o Virtual Try-on. A tecnologia permite que os usuários selecionem modelos parecidos com seus corpos para experimentarem as peças selecionadas. 

Limitado ao vestuário feminino de marcas como H&H e Anthropologie nos EUA, o Virtual Try-on responde a uma dor mapeada pela empresa que identifica que 59% dos clientes entrevistados já se decepcionaram com peças compradas online.

A Google afirma que o recurso é capaz de exibir o caimento de forma realista, de acordo com cada tipo de corpo e suas poses, demonstrando ainda as texturas do tecido como dobras, rugas e sombras. 


A maquiagem express da Maybelline e o uso da IA no setor de beleza

Quem nunca quis deixar a câmera desligada numa call pois não estava muito apresentável para a reunião?

A Maybelline lançou neste ano um recurso de IA na ferramenta de trabalho Teams. Funcionando como um filtro, os usuários podem escolher entre 12 modelos de maquiagem para dar um up no visual durante as chamadas. Desenvolvido em parceria com o Instituto Geena Davis, a ferramenta tem como um de seus pontos de atenção o cuidado com a inclusão e a diversidade, garantindo amplas aplicações.

Comum nas redes sociais e no mundo do entretenimento, os filtros começam agora a aparecer no ambiente corporativo. 

Filtros, provadores virtuais para encontrar um tom de base, experimentar um novo batom, ferramentas para mapear seu tipo de pele e até espelhos inteligentes: o mercado de beleza aposta no uso de IA para garantir uma comunicação relevante, desejosa e envolvente com os usuários.

Mas por que os provadores virtuais e filtros são tão interessantes para os usuários?

É cômodo: Provar um novo batom, sem deslocamentos e a qualquer momento é possível com o uso de IA.

Personalizável: Combine produtos, experimente quantas variações forem necessárias para tomar sua decisão de compra.

É divertido: Explorar produtos e conteúdos de maneira tão íntima, no seu celular, é um caminho lúdico para as conversões

O Pet-commerce da PETZ: onde seu cachorro faz as compras

Sim, existe um e-commerce em que seu cachorrinho decide o que quer comprar e ele foi desenvolvido no Brasil, pela Petz.

Através de IA, reconhecimento facial e aprendizado de máquina, o Pet-commerce consegue identificar o que o seu pet curte e os produtos selecionados por ele vão direto para o carrinho!

A experiência de compra é pensada desde a UI diferenciada: com paletas em amarelo e azul, mais adequadas à visão canina, em que os cães conseguem identificar os produtos apresentados de maneira estimulante com movimentos e sons.

A ferramenta aproxima tutores de seus animais, convidando estes a participarem ativamente do processo de seleção de produtos, num formato nunca visto antes.

Junto com o desenvolvimento dessas novas funcionalidades, o campo de UX tem como desafio propor soluções cada vez mais íntimas as necessidades reais das pessoas – e agora até animais! – validando experiências, reafirmando a diversidade humana e a acessibilidade, considerando distintos cenários e identificando oportunidades de criar boas experiências de lazer, trabalho e consumo.