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Conhecer a concorrência do serviço ou produto para o qual você está projetando é uma prática indispensável. Esse tipo de informação nos permite identificar padrões e comportamentos em um ambiente comum e, a partir disso, ter insights e ver oportunidades de se destacar.
Uma das maneiras de fazer esse comparativo é através da análise benchmarking, um método de investigação usado nos mais diversos setores. A pesquisa por si só pode não entregar todas as respostas necessárias para a tomada de decisão, mas nos permite chegar a percepções que mais tarde podem ser exploradas com dados e testes de maior profundidade.
É importante entender que um benchmarking focado em UX pode ser um processo bem extenso e que envolve análise de dados, escolha de métricas e entender os KPIs do cliente. No dia-a-dia, nem sempre teremos tempo, dados ou recursos para desenvolver algo assim, entretanto, podemos usar o conhecimento desses métodos para enriquecer nosso processo de criação adaptando práticas para a nossa realidade.
No início de 2023, participei da imersão sobre o redesign do site institucional da Artycs, uma empresa que usa tecnologia para otimizar inúmeros processos de seus clientes. Quando estava na fase de construção do wireframe para o novo site, comecei a investigar mais a fundo sobre a área de atuação do cliente, buscar referências e descobrir o que os concorrentes na época estavam fazendo.
A partir daí, a maneira como escolhi seguir esse processo, foi mais ou menos assim:
O mapa do site já estava aprovado pelo cliente, suas principais dores já tinham sido registradas no briefing e agora eu precisava entender como estruturar o novo site da melhor forma possível.
Pensando em quais dados poderiam ser recolhidos e o que era possível nas limitações de tempo e plataforma, priorizei analisar a interface dos sites dos concorrentes e a forma de comunicação que utilizavam. Essas eram algumas das perguntas a serem respondidas:
– De que forma as empresas desse meio oferecem seus serviços?
– Que tipo de informações eles priorizam?
– Que linguagem (textual e visual) é usada para conversar com o público?
Durante a imersão com o cliente, perguntei quais eram os principais concorrentes nacionais e internacionais da marca. Seguido de algum contexto, pude entender como essas outras marcas competiam contra a Artycs: se sua abrangência era maior, se tinham mais serviços a oferecer, entre outros pontos.
Levando em conta todo o histórico do cliente, seu lugar no mercado, desafios e objetivos com o redesign do site, foquei a análise nos 3 principais concorrentes. Mas claro, todos os outros também serviram como referência, mesmo que fosse sobre o que não seguir.
Visando colocar lado a lado os padrões que eu já vinha percebendo entre os sites que analisava, criar uma tabela com essas informações e meus comentários pareceu a forma visual mais compreensível de comparação.
Sempre lembrando que meu escopo era analisar a interface dos concorrentes e suas formas de comunicação com o usuário, pude responder algumas perguntas específicas:
– Os concorrentes mostram depoimentos dos clientes? Se sim, de que forma?
– Como são apresentados visualmente os parceiros da marca?
– Qual o fluxo utilizado para mostrar mais detalhes sobre os serviços oferecidos?
– Que tipo de linguagem é utilizada? Mais amigável e próxima ou mais técnica?
Todo o processo anterior concedeu bagagem para começar a notar padrões entre os concorrentes e decidir se eram exemplos que eu gostaria de levar como referência ou aproveitar a oportunidade para fazer algo diferente para Artycs.
Alguns dos insights:
Ter passado por todo esse processo de pesquisa, foi essencial para tomar decisões de design e UX mais embasadas e que estavam de acordo com o mercado, os objetivos do cliente e a expectativa do usuário que acessa esse site.
Passado um ano eu com certeza faria coisas diferentes, como refinar mais a análise e investigar outros pontos que não estão na superfície. Porém, acredito que o aprendizado e enriquecimento do processo de criação são coisas que continuo levando para outros os projetos.
Podemos nem sempre ter o tempo ou os recursos para fazer o ideal, mas temos o suficiente para fazer o melhor naquele momento e entregar um trabalho de qualidade.
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