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Blog | 01/09/2024
HĂĄ algum tempo o time de UI/UX tem desenvolvido relatĂłrios de anĂĄlises heurĂsticas para novos e antigos clientes da FG que possuem contrato de evolução em seus sites. O material elenca possĂveis pontos de fricção na interface e navegação, alĂ©m de sugestĂ”es de atualização com base em concorrentes.
Mas, afinal, o que Ă© anĂĄlise heurĂstica e qual a importĂąncia dessa ferramenta para os e-commerces?âšâš
A palavra heurĂstica pode assustar, mas, quem diria, ela tem a mesma raiz etimolĂłgica da palavra eureca, uma interjeição utilizada quando alguĂ©m descobre a solução de um problema muito difĂcil!
As heurĂsticas voltadas a usabilidade funcionam tambĂ©m como um caminho progressivo de investigação e resolução de problemas com base em regras estabelecidas, isto Ă©, um conjunto de boas prĂĄticas para nortear a avaliação de interfaces.
Ă nos anos 90 que os cientistas da computação Jakob Nielsen e Rolf Molich definem as 10 heurĂsticas de Nielsen, diretrizes de design que mesmo apĂłs 30 anos continuam sendo uma ferramenta atual para analisar produtos digitais com foco no comportamento humano, isso Ă©, centrada nas pessoas usuĂĄrias.
Durante um processo ativo de inspeção, o especialista em usabilidade avalia a interface com base nas 10 regras a seguir:
A interface deve mostrar ao usuĂĄrio o que estĂĄ acontecendo.
Exemplo: Quando assistimos um vĂdeo e podemos acompanhar o andamento do conteĂșdo: quanto falta, o que jĂĄ assisti e em qual minutagem estamos.
A linguagem, os Ăcones, imagens da interface devem estar conectados com o entendimento dos usuĂĄrios.
Exemplo: Em qual Ăcone vocĂȘ pensa quando falamos na ação de pesquisar, buscar algo online? Pensou na lupa, nĂ©?
O usuårio deve ter liberdade para desfazer açÔes e corrigir seus próprios erros.
Exemplo: O que vocĂȘ faz quando estĂĄ preenchendo uma tabela e erra uma informação? Sim, estamos falando do tĂŁo querido CRTL+Z!
A interface deve apresentar consistĂȘncia visual e de comportamento.
Exemplo: Imagine se a cada pågina de um site os botÔes parecessem e se comportassem de maneira diferente?
A interface deve antecipar os erros do usuårio, prevenindo-o e dando suporte para a resolução destes caso ocorram.
Exemplo: Jå enviou um e-mail que mencionava anexo, sem o anexo? O Gmail agora nos avise, para que esse erro não aconteça!
A interface deve apoiar o usuårio com informaçÔes, não exigindo dele a memorização dos elementos.
Exemplo: Quando vocĂȘ vai buscar algo que nĂŁo sabe muito bem como se escreve…e a ferramenta de busca te ajuda, mostrando a ortografia correta!
A interface deve ser compreensĂvel e eficiente para todos os usuĂĄrios: dos mais iniciantes aos mais experientes.
Exemplo: Quando utilizamos atalhos no teclado para acelerar nossas açÔes ou mesmo quando navegamos por um produto novo e contamos com a ajuda de instruçÔes e dicas no primeiro acesso.
Menos Ă© mais! Uma regra que se aplica ao visual e ao conteĂșdo de uma interface.
Exemplo: JĂĄ acessou uma interface poluĂda? Com muitos botĂ”es e açÔes numa mesma tela, competindo por atenção? Ă sobre evitar esse padrĂŁo que a oitava heurĂstica fala!
As mensagens de erro devem ser expressas numa linguagem simples e acessĂvel, indicando aonde estĂĄ o problema e como resolvĂȘ-lo.
Exemplo: Alguma vez vocĂȘ preencheu um formulĂĄrio e nĂŁo conseguiu prosseguir no cadastro por que um dos campos estava incorreto, mas vocĂȘ nĂŁo sabia qual? Eis a importĂąncia de sinalizar ao usuĂĄrio onde estĂĄ o erro e como soluciona-lo.
O ideal é que a interface seja utilizada sem ajuda, mas caso o usuårio necessite de apoio, encontre toda a documentação necessåria para navegar no site ou produto.
Exemplo: Sites e aplicativos dispÔe de pågina de Perguntas Frequentes (FAQ) ou mesmo tutoriais de como efetuar uma tarefa.
ApĂłs percorrer esse processo de investigação com base nas heurĂsticas, mapear e documentar as violaçÔes das regras, o especialista em usabilidade aponta o grau de criticidade dos elementos encontrados, elencando o que Ă© prioridade nos ajustes.
Abrindo caminho para um ciclo de melhorias contĂnuas, a anĂĄlise heurĂstica apresenta-se como fundamental para garantir que os produtos digitais permaneçam atualizados, funcionais e relevantes.
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